As eleições municipais trouxeram um fenômeno curioso que
chamou a atenção no cenário político cearense: o domínio político regional de
prefeituras por casais. Pelo menos três duplas — marido e mulher — foram
eleitas para comandar municípios distintos, criando extensões de poder
familiar.
Esse jogo de alianças também se desdobrou em lideranças com
mandato, com deputados e deputadas elegendo esposas e esposos a cargos
executivos, consolidando um ciclo de controle político e territorial. No Ceará,
o casamento não se restringe à vida pessoal, mas se transforma em estratégia de
perpetuação política e expansão de influência.
No Maciço de Baturité, Herbelh Mota, após campanha
turbulenta, conseguiu a reeleição com quase 80% dos votos em Baturité. Além
disso, a família expandiu sua influência política na região após a vitória de
Ynara Mota no município vizinho de Guaramiranga. Ela obtece 51,7% dos votos
válidos e vai comandar a cidade turística a partir do dia 1º de janeiro.
Na região Norte, mais dois casos de relação entre amor e
poder. A prefeita de Irauçuba conseguiu a reeleição com 63,3% dos votos na
pequena cidade com pouco mais de 24 mil habitantes. Na cidade vizinha, Itapajé,
a população rejeitou a reeleição da prefeita Dra. Gorete e elegeu o candidato
Nonatinho, filiado ao Republicanos. Ele é esposo da gestora reeleita em
Irauçuba.
Em Cariré, o prefeito Antônio Martins vai para o quarto
mandato à frente da Prefeitura. Ele obteve 74,6% dos votos, demonstrando força
da liderança. Mas a prova de que ele exta expandindo o poder familiar foi a
vitória da sua esposa, Virgínia Aguiar, no município vizinho de Groaíras. Ela
estava na oposição e conseguiu tomar o poder na Cidade. Antônio ainda reelegeu
o cunhado prefeito de Coreaú, outro município da região.
Fonte: Jornalista Inácio Aguiar do Diário do Nordeste
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