A região do Vale do Curu comemora a inauguração de um
importante equipamento contra a seca: a barragem no rio Melancia, entre as
cidades de São Luís do Curu e São Gonçalo do Amarante, que deve ser entregue em
breve. O equipamento é fundamental para a região, sede de dois perímetros
irrigados e importante produtora de coco no Ceará, e que enfrenta um histórico
de seca nos anos recentes, tendo inclusive sua água limitada para o consumo
humano em 2014.
A iniciativa foi uma sugestão do deputado federal Danilo Forte
(PSDB), acatada pela Secretaria de Recursos Hídricos do Estado. O parlamentar
milita pela construção do equipamento desde 2014, quando foi relator-geral da
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano seguinte.
De acordo com o parlamentar, a construção é fundamental para
a região, que tem um histórico de escassez hídrica. Além disso, ele será
importante no desenvolvimento econômico da região. De acordo com a ficha
técnica da barragem, a expectativa é de que as águas sejam utilizadas para
irrigação e a piscicultura. "São Gonçalo do Amarante é sede do Complexo
Industrial e Portuário do Pecém. Por isso, trata-se de uma região
economicamente muito relevante para o Ceará. Tenho certeza de que esse novo
açude será uma oportunidade para o desenvolvimento de novas atividades em uma
região bastante dinâmica", declara o parlamentar.
De acordo com o governo do Estado, o novo açude terá
capacidade de para 27,3 milhões de m3, o que equivale a 27,3 bilhões de litros.
A obra chega em um momento delicado para a situação hídrica do Ceará. Apesar
das boas chuvas no começo deste ano, pelo menos metade dos açudes do Ceará têm
menos de 30% de sua capacidade total, e apenas um - o Caldeirões, na região
Centro-Sul - possui mais de 90% de sua capacidade total. Como foi noticiado
recentemente pela imprensa, não se trata de um problema novo: Dos cinco maiores
açudes do Ceará - Castanhão, Orós, Barnabuiú, Figueredo e Araras -, apenas o
último está com mais de 30% da capacidade. Os outros vêm perdendo carga hídrica
há pelo menos uma década.
Dep. Danilo Forte/ Assessoria de Imprensa