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sábado, 12 de fevereiro de 2011

MORREU "Maria Preá"

A expressão “morreu Maria Preá”, muito usada no nordeste brasileiro, é empregada quando qualquer situação chega ao seu ponto final, irreversível, definitivo, e por isso não tem mais jeito, não pode ser modificado. Quando não se tem mais nada a fazer quanto a remediar ou consertar determinada situação, a frase “Morreu Maria Preá” quer dizer: acabou!
A origem da locução está ligada a uma dessas “histórias” populares que não se sabe ao certo se tem algum fragmento de verdade. Conta o folclore que o vigário de um indeterminado lugarejo foi apanhado em flagrante pelo sacristão quando mantinha relações amorosas com Maria Preá, uma paroquiana com atrativos físicos que deixariam “doido” qualquer filho de Deus que tivesse os hormônios certos funcionando nas horas certas. Pouco importa saber como esse romance incomum começou, e mais ainda, de que forma chegou à consumação carnal. O fato é que desse dia em diante o sacristão passou a fazer chantagem com o vigário, conseguindo dele tudo o que desejava. Bastava dizer em sussurro “Olha a Maria Preá!”, para que o religioso se rendesse às suas exigências, embora o fizesse muito a contragosto. Mas fazer o quê numa situação dessas? Como explicar aquela aventura amorosa aos paroquianos?
Até que certo dia o vigário voltou mais cedo de uma tarefa que tinha ido realizar em sua missão pastoral. A porta da casa paroquial estava aberta, como de costume, e por isso ele entrou sem fazer alarde. Ao passar pela porta entreaberta de um dos quartos, rumo à cozinha, e surpreender, num relance de olhar, o sacristão em pederastia, servindo passivamente de “mulher” para um garotão das redondezas, sua surpresa foi tamanha que ele não conseguiu dizer uma única palavra: só ficou ali parado, de boca aberta, olhando a cena patética. Mas logo foi percebido pelo sacristão, que “desarrolhando-se” do seu jovem parceiro tratou de ajeitar a roupa, aproximar-se do padre que ainda o observava de queixo caído, e murmurar em voz aflita: “- Seu Vigário, não conte nada pra ninguém. O senhor não viu nada, está bem? E olhe, de hoje em diante, “morreu a Maria Preá!”.

Fonte: atitudediretodaredação.blogspot.com

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