Pela
segunda vez na administração do prefeito Francisco Marques Mota o Ministério
Público ingressou com um pedido na justiça solicitando a interdição parcial do
hospital municipal João Ferreira Gomes (FUSEC). Em 19 de outubro do ano passado
o promotor, com base em um laudo da vigilância sanitária, em que atestava que a
unidade hospitalar não tinha condições mínimas de funcionamento, ingressou com
uma ação civil pública solicitando a interdição do centro cirúrgico, sala de
radiologia, cozinha e lavanderia. Passado mais de um ano, quase nada foi feito
no sentido de sanar as deficiências encontradas, afirmou Dr. Plínio. Mais uma
vez orientado por um laudo da vigilância sanitária e por constatações feitas in
loco, os motivos do pedido de interdição são os mesmos. Na primeira ação de
pedido de interdição a justiça considerou que o fechamento do hospital traria
prejuízo maior à população, mas determinou que em um prazo de sessenta dias os
problemas fossem sanados, mas determinação foi ignorada. O representante do
Ministério Público admite que a medida, caso seja acatada pela justiça, a
interdição parcial trará transtornos à população, mas considerou que depois de
muitas oportunidades para a administração municipal adotar medidas para
solucionar os problemas preferiu desconsiderar as determinações do Ministério
Público, Poder Judiciário e vigilância sanitária. O centro cirúrgico não
apresenta condições mínimas de funcionamento por não possuir um desfibrilador e
pela ausência de um médico anestesista nos quadros de funcionários do hospital.
Já a sala de radiologia, lacrada pela vigilância sanitária, não é adequada para
abrigar um aparelho de raio-x, o que expõe a riscos os pacientes, os técnicos
em radiologia e pode causar danos ao meio-ambiente. Nessa quarta-feira, dia 24,
Dr. Plínio Augusto ingressou com a petição judicial solicitando a interdição
parcial da FUSEC. A justiça ainda deverá analisar o pedido.
DEPARTAMENTO DE JORNALISMO DA ATITUDE FM