Os guardas municipais de Itapajé entraram em rota de colisão com o comando da instituição. Os servidores alegam que o comandante da Guarda Municipal, Ulisses Gleydson Cavalcante Ferreira tem tomado posições autoritárias e de perseguição àqueles que questionam seu trabalho. Além disso, denunciam que a gestão municipal não oferece as condições mínimas para que o corpo de segurança pública auxiliar exerça suas atribuições plenamente. A relação entre servidores e comandante ficou pior depois que os funcionários públicos recorreram ao Sindicato dos Agentes Municipais de Segurança Pública do Estado do Ceará – Sindguardas para pressionar a administração municipal a acatar os pleitos da categoria.
No dia 17 deste mês o presidente do Sindguardas, Jamal Forte Carvalho, esteve no município para tentar, sem sucesso, uma negociação com o comandante da Guarda Municipal e o chefe do Poder Executivo, Ciro Braga. Após visita à sede do órgão, Jamal Carvalho esteve na rádio Atitude FM para falar sobre os pleitos dos associados em Itapajé. De acordo com ele, as principais reivindicações são reajuste salarial, aumento do efetivo mediante concurso público, aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e nomeação de um comandante oriundo dos quadros da Guarda Municipal. Quando foi criada em 2001, a corporação contava com 20 membros e hoje tem apenas 10. Destes, apenas oito estão trabalhando no serviço operacional. O atual comandante do órgão é Agente de Trânsito em desvio de função. Carvalho entende que muito embora o Estatuto Nacional das Guardas Municipais (Lei nº 13.022/2014) conceda prazo de dois anos para que os municípios se adequem à lei, seria de bom senso que o prefeito Ciro Braga cumprisse desde já o que diz o Art. 15.: “Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por membros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade”. De acordo com o texto da Lei Federal o prazo para adequação expira apenas em 08 de agosto de 2016. Há ainda a reivindicação de aquisição de viaturas. Caso a gestão amplie significativamente os quadros da Guarda Municipal e adquira veículos (carros e motos) haverá a possibilidade de implantação inclusive da ronda escolar nas unidades de educação de Itapajé. Os servidores reclamam ainda de excesso de jornada de trabalho, falta de equipamentos de proteção e nenhum investimento em qualificação.
Fonte: Mardem Lopes
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