Páginas

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

CHACINA DE ITAPAJÉ: TESTEMUNHA AFIRMA QUE HAVIA ACORDO PARA NÃO TER “DERRAMAMENTO DE SANGUE” ENTRE GRUPOS RIVAIS


Em depoimento à Justiça, uma das testemunhas da chacina que aconteceu na cadeia pública de Itapajé afirma que existia um acordo para que não houvesse “derramamento de sangue” na unidade. A chacina vitimou 10 detentos e aconteceu no dia 29 de janeiro de 2018.
No depoimento, a testemunha afirma que as celas de números 4 e 5 eram do Comando Vermelho (CV) e que os presos que não pertenciam às facções (denominados de “massa”) ficavam próximos da facção Guardiões do Estado (GDE). Os presos que pertenciam à “massa” teriam pedido um acordo, que a testemunha descreve como “voto de confiança”.
O acordo foi feito três dias antes da chacina. Os detentos foram orientados a se desfazer de facas e armas artesanais, pois foram avisados que os integrantes da facção rival haviam se livrado dos materiais perfurantes. Dentro da unidade prisional, entretanto, haviam detentos que queriam a predominância de uma só facção e não aceitavam a existência de integrantes rivais na mesma unidade prisional. A testemunha afirmou que os detentos mortos estavam no banho de sol e foram pegos em emboscada.

Acusados serão levados a júri popular

Os acusados de serem responsáveis pela chacina na cadeia de  Itapajé,  serão levados a júri popular. Juliana Porto Sales, juíza da 1ª Vara da Comarca de Itapajé, decidiu nesta terça-feira, 20, que existem provas suficientes para prosseguir com a acusação contra os réus.

Fonte: O Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário