Em depoimento à Justiça, uma das testemunhas da chacina que
aconteceu na cadeia pública de Itapajé afirma que existia um acordo para que
não houvesse “derramamento de sangue” na unidade. A chacina vitimou 10 detentos
e aconteceu no dia 29 de janeiro de 2018.
No depoimento, a testemunha afirma que as celas de números 4
e 5 eram do Comando Vermelho (CV) e que os presos que não pertenciam às facções
(denominados de “massa”) ficavam próximos da facção Guardiões do Estado (GDE).
Os presos que pertenciam à “massa” teriam pedido um acordo, que a testemunha
descreve como “voto de confiança”.
O acordo foi feito três dias antes da chacina. Os detentos
foram orientados a se desfazer de facas e armas artesanais, pois foram avisados
que os integrantes da facção rival haviam se livrado dos materiais perfurantes.
Dentro da unidade prisional, entretanto, haviam detentos que queriam a
predominância de uma só facção e não aceitavam a existência de integrantes
rivais na mesma unidade prisional. A testemunha afirmou que os detentos mortos
estavam no banho de sol e foram pegos em emboscada.
Acusados serão levados a júri popular
Os acusados de serem
responsáveis pela chacina na cadeia de
Itapajé, serão levados a júri
popular. Juliana Porto Sales, juíza da 1ª Vara da Comarca de Itapajé, decidiu
nesta terça-feira, 20, que existem provas suficientes para prosseguir com a
acusação contra os réus.
Fonte: O Povo
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