Palmácia. A alegria e esportividade da vaquejada já valem
pela emoção e servem como um teatro do que acontece no cotidiano do vaqueiro.
Porém, a substituição do cavalo pela motocicleta tornou o esporte ainda mais
radical e com uma dose extra de adrenalina, onde a mistura pela paixão com as
motocicletas se soma com a tradição de derrubada do garrote e ouvir o grito da
vitória: "valeu boi!".
Isso é o que acontece na Motojada, que já acontece em
cidades da Paraíba e Pernambuco, em que o cavaleiro substitui o cavalo pela
motocicleta. Para os praticantes, é uma dose de emoção a mais como um esporte
radical. Porém, para quem tem mais sensibilidade com os animais, vê que há um
agravamento da maneira de tratar os bichos.
Uma nova edição dessa competição está marcada para o próximo
dia 29, mas desde já vem dividindo opiniões nas redes sociais pela internet.
Enquanto uns afirmam que se agravam os maus-tratos aos animais, outros
demonstram interesse pelo inusitado e a forma de tornar ainda mais complexa a
promoção.
Premiação
O evento está marcado para acontecer no Parque de Vaquejada
Gado dos Ferros, em Palmácia, já no limite com o Município de Pacoti, no Maciço
do Baturité. São aguardados um público de 10 mil pessoas e mais de 50
competidores. O vencedor da prova vai ganhar um prêmio de R$ 2 mil, além de se
promover por todo o domingo sorteios e o encerramento será com as bandas
Solteirões do Forró, Forró Carimbada e Forró Oficial.
O coordenador do evento, Evandro Sousa, diz que se trata de
uma iniciativa que somente tende a crescer, tanto pelos amantes das vaquejadas
convencionais, quanto por aqueles que gostam de motocicletas e os esportes
radicais.
Na verdade, a motojada é uma nova modalidade de vaquejada em
que motocicletas próprias para motocross são pilotadas por esportistas que
buscam o mesmo objetivo de derrubar o garrote pelo rabo, com as mesmas regras
utilizadas para cavaleiro e cavalo.
A campanha contra a motojada vem tomando conta das redes
sociais, mas Leandro afirma que se trata de uma campanha política, para
denegrir seu nome e ofuscar a promoção que somente tem crescido em interesse,
desde quando foi realizada pela primeira vez, em outubro do ano passado e,
agora, quando já se anunciam em cartazes, na internet e propaganda de boca a
boca sobre as atrações para este ano.
"Não há nenhum mau-trato. As regras são as mesmas da
vaquejada, com uma pista de 100 metros e o garrote somente deve cair numa área
forrada de areia, para que não haja nenhum dano ao bicho", disse o
promotor. Ele explica que também não há riscos maiores para os praticantes,
porque são pessoas já habituadas com ambas as práticas, a vaquejada e o uso da
motocicleta nas trilhas de motocross. Além disso, explica que são fundamentais
o uso de equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras e o
colete. O momento de arrebatar acontece na mesma área forrada de areia,
protegendo animal e o esportista, que se arrisca na linha de 100 metros da
arena.
Fonte: diário do Nordeste
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