Desde que a Prefeitura
de Itapajé enviou à Câmara Municipal de Vereadores um Projeto de Lei em que solicita
autorização daquela Casa Legislativa para ceder direitos creditícios de um
precatório no valor de mais de R$ 23 milhões a um ente ou instituição
financeira como forma de antecipar o recebimento dos recursos, a população
questiona quais são os reais interesses da atual gestão ao tentar se apoderar
do dinheiro um ano antes da data de pagamento estipulada pela Justiça. As
suspeitas aumentam ainda mais porque a tentativa de antecipação de crédito
acontece às portas de um ano eleitoral.
O coro dos desconfiados
foi engrossado pelo deputado federal Danilo Forte, que em entrevista ao
departamento de jornalismo da rádio Atitude FM afirmou que o Ministério Público
deve ser provocado para acompanhar esse processo. O parlamentar afirmou ainda
que caso o Projeto de Lei venha a ser aprovado, os vereadores de Itapajé serão
igualmente responsáveis por qualquer desvio de conduta na aplicação dos
recursos. Segundo ele, é necessária uma fiscalização rigorosa para que a
receita oriunda do precatório não seja desviada para outros fins que não o de gerar
melhorias para o povo itapajeense. O alerta vale, sobretudo, porque a atual
gestão, que tem à frente o prefeito Ciro Braga, trata com desrespeito o dinheiro
público e já promoveu desvios de recursos que deveriam ser destinados à
Previdência Municipal, destacou Danilo.
Danilo Forte disse
ainda que o povo de Itapajé deve uma homenagem ao ex-prefeito Kelsey Forte,
pois foi durante sua gestão que o município teve a coragem de enfrentar a União
em uma Ação Judicial que visava defender os interesses da população de Itapajé.
A Ação que deu origem
ao precatório foi iniciada em 2006, durante o governo de Kelsey, a partir da
constatação de que a União vinha há anos repassando para o município valores
subestimados do extinto Fundef.
Mardem Lopes
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