A
diplomação do prefeito eleito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), prevista para
a próxima sexta-feira (16/12), corre o risco de ser suspensa. Esse é o
objetivo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que foi
impetrada nesta terça-feira (12/12) pelo Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB). O documento foi protocolado, sob o número
171140/16, pelo advogado do partido, Manoel de Castro Carneiro Neto, na
24a Zona, sob a responsabilidade do juiz eleitoral Fábio Medeiros
Falcão de Andrade.
A
AIJE é composta de 200 páginas de textos, dezenas de fotografias e mais
de quatro horas de vídeos, com provas e depoimentos testemunhais que
configuram uma série de irregularidades, tais como abuso de poder
político, econômico, de autoridade e compra de votos generalizada,
praticada pela Coligação MAIS COMPETÊNCIA, MAIS RESULTADOS, que elegeu
Ivo Ferreira Gomes prefeito de Sobral, nas eleições de outubro deste
ano.
Além
de Ivo Gomes (PDT) e da vice Cristiane Coelho (PT), quatro vereadores
foram alcançados pela ação: Carlos do Calisto (PDT), Itamar Ribeiro
(PDT), Aleandro Linhares (PDT) e Vicente de Paulo Albuquerque, (PSD). Se
o juiz conceder a liminar, a diplomação de todos os acusados dessas
irregularidades será suspensa. Se houver condenação, as eleições serão
anuladas, e novo pleito será realizado. Como o mandato do prefeito
Clodoveu Arruda termina no dia 31 de dezembro, o presidente da Câmara
Municipal assume a prefeitura até a posse do próximo eleito.
Depoimentos
afirmam que o próprio candidato majoritário Ivo Gomes se envolveu
pessoalmente no delito de captação ilícita de sufrágios. Segundo a
eleitora que testemunhou, Ivo deixou claro que não era compra de votos,
apenas um agrado em troca da confiança. O montante do agrado para a
família da depoente: cinco mil e quinhentos reais.
A
farta documentação se baseia nos requisitos do Código Eleitoral - Lei
nº 4.737, de 15 de julho de 1965; Lei Complementar 64/90; e Lei 9504/97.
sobral 24 horas
*Clésio Marques
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