A deficiência no transporte escolar em Itapajé persiste. As
rotas mais atingidas são as que atendem aos alunos da rede estadual de ensino.
Os estudantes queixam-se de que há semanas o serviço não é oferecido
plenamente. Na edição desta segunda-feira (07), do Jornal Integração, pais e
alunos das localidades de Sítio Jorge, Armador, Cajazeiras, Aguaí, Bombas,
Chapada, Sítio Ipú e Espírito Santo, enviaram seus pedidos para que o problema
seja solucionado. Os jovens, sobretudo do terceiro ano do ensino médio, temem
não apreender todo o conteúdo programático na preparação para o próximo Enem. Em
contato com a 2ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento Educação (Crede 2),
o departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, obteve a informação de que os
repasses financeiros referentes ao convênio firmado entre Estado e Prefeitura
estão em dias. Em sua última entrevista concedida ao Jornal Integração, no dia
17 de abril, o coordenador municipal do transporte escolar, Venícius Rodrigues,
informou que um problema burocrático, que consistia em uma discordância de
datas entre o termo de licitação e o termo de responsabilidade assinado entre
Estado e Município, estaria impedido o pagamento. Apesar disso, informou
naquela ocasião, que a Secretaria Municipal da Educação e 2ª Crede estavam,
“correndo” para resolver o problema.
Relato dramático
O estudante Gilberto Sousa, matriculado no colégio Estadual
Monsenhor Catão Porfírio Sampaio, morador da localidade de Jorge de Baixo,
afirma que a falta de transporte já perdura há mais de duas semanas. A mãe do
adolescente, Andriza, e a avó, Salete, dizem que para compensar a falta do
veículo escolar, pagam um mototaxista para garantir que Gilberto frequente
escola. Para tanto deixam de comprar itens básicos da alimentação diária da família.
As duas se valem de recursos do Bolsa Família e quando não há mais dinheiro
lançam mão de uma pequena criação de galinhas e vendem um animal para pagar o
mototaxista.
Por Mardem Lopes
Por Mardem Lopes
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