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quarta-feira, 23 de março de 2016

ITAPAJÉ: CRIANÇA DE UM ANO E DEZ MESES MORRE DE CALAZAR E MÃE ACUSA SETOR DE ZOONOSES DE NEGLIGÊNCIA

Em março deste ano uma criança de apenas um ano e dez meses morreu vítima de leishmaniose visceral, doença conhecida popularmente como calazar. De acordo com a mãe do menino, senhora Jacicleide Pereira da Sousa, moradora do Conjunto São Francisco II, em outubro do ano passado a criança começou a apresentar febre e foi levada por diversas vezes ao posto de saúde e ao hospital municipal João Ferreira Gomes. Apesar disso, os profissionais de saúde não diagnosticaram a doença. Somente depois que um médico solicitou a realização de alguns exames a criança foi transferida para o hospital Albert Sabin, em Fortaleza, depois de constatado que ela estava com anemia severa. Em Fortaleza os médicos diagnosticaram o menino com leishmaniose e iniciaram o tratamento imediatamente. Logo após o diagnóstico a Secretaria Municipal de Itapajé foi notificada do caso. Após quinze dias de internação a criança teve alta médica e retornou a Itapajé. Mas em março deste ano o estado de saúde do menino se agravou e ele veio a óbito no dia 13.

Em entrevista ao departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, a mãe do menino acusou a Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses de Itapajé de negligência. Segundo ela, mesmo depois do diagnóstico de calazar do filho, os agentes de endemias não recolheram os cães com suspeita de estarem contaminados com a doença. Em resposta a diretora da Vigilância Sanitária, médica veterinária Jaliana Holanda, informou que o órgão foi notificado do caso de leishmaniose visceral por volta do dia 20 de novembro. A partir disso, teria adotado o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde para o controle e bloqueio da doença. O primeiro passo foi realizar testes em animas suspeitos. Amostras do material recolhido de seis cães foram enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará – Lacen. O resultado saiu em dezembro e de todas as amostras, três deram positivos para a doença. O passo seguinte foi solicitar à Vigilância Sanitária do Estado, ainda em dezembro, o envio de uma carrocinha para recolher os cachorros contaminados. A resposta do órgão estadual, segundo Jaliana, foi negativa. O veículo estaria quebrado. Outras duas solicitações foram enviadas em janeiro e fevereiro, mas somente no dia 15 de março, um dia após o sepultamento da criança, a carrocinha foi enviada para recolher os animais.
Jaliana Holanda disse que o município não possui carrocinha nem tampouco um espaço adequado para confinar animais doentes. Afirmou ainda que é necessário seguir um protocolo para realizar a eutanásia de animais doentes. Caso essas regras não sejam cumpridas os funcionários do setor de zoonoses podem responder criminalmente por maus tratos contra os animais.

Apesar da demora no recolhimento dos cachorros, Jaliana descartou uma relação direta da morte da criança com o não recolhimento dos animais logo após a confirmação do diagnóstico. Segundo ela, um paralelo só poderia ser traçado em se tratando de novos casos de contaminação humana confirmados depois da notificação feita pelo Lacen. Ainda de acordo com ela, para que uma pessoa seja diagnosticada pela segunda vez com leishmaniose visceral, é necessário pelo menos um período de tempo de doze meses entre um diagnóstico e outro. Ou seja, segundo explicou, não seria possível que a criança tivesse sido contaminada pela segunda vez em um intervalo de algumas semanas. Ela afirmou ainda que o município de Itapajé é uma área endêmica para casos da doença.  Por Mardem Lopes

4 comentários:

  1. Anônimo3/23/2016

    Nunca vi uma explicação tão medíocre como essa, quer dizer que por falta de uma carrocinha, deixa- se a população a mexer de uma doença tão grave assim...senhora responsável pela vigilância, tenha pelo menos a omvridade de dizer que errou, Sr. Prefeito tome a cidade nas mãos. Estou revoltado com uma explicação dessa...só no Brasil mesmo...a culpa sempre é do outro, nunca se erra aqui em Itapagé....

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  2. Anônimo3/23/2016

    É muita falta de responsabilidade... É Brasil!

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  3. Anônimo3/24/2016

    Rapaz nunca vi isso, que pra tirar cachorros doentes da rua tem tanta burocracia.... Quer dizer pode deixar cachorros doentes contaminação a população.... E criancas morrendo por causa de uma Senhora irresponsável, sim esse é o menor adjetivo que ela merece, queria saber se toda a família dela morasse lá, se fosse o filho dela, se ela já ter tanta burocracia assim...ia pegar o primeiro carro e tirar os cachorros de lá.... Minha senhora tenha vergonha na cara...VC não me representa como vigilante sanitária... Passar bem

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  4. Anônimo3/24/2016

    Ah podem responder por maus tratos a animais,?vc senhora jaliana deveria responder então pela a morte da criança

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