A Câmara Municipal de Uruburetama adiou a sessão que votaria
o processo de cassação do prefeito afastado José Hilson de Paiva, acusado de
abusar sexualmente de pacientes e filmar os crimes. A votação deveria ocorrer
nesta quinta-feira (24), mas foi adiada para a próxima semana, ainda sem dia
definido. O médico foi indiciado por estupro de vulnerável. As denúncias feitas
contra ele dão conta de que os atos eram cometidos desde a década de 1980, em
Uruburetama e Cruz.
De acordo com o vereador Diego Barroso, relator do processo,
o motivo do adiamento foi que a Câmara não notificou a defesa do prefeito, o
que poderia acarretar a nulidade da sessão.
Denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), a prisão
do médico foi determinada pelo juiz José Cléber Moura do Nascimento, em 19 de
julho deste ano. O juiz considerou a medida necessária para preservar as provas
e evitar a influência do prefeito nas investigações.
No mesmo mês, o Conselho Regional de Medicina do Estado do
Ceará (Cremec) decidiu pela interdição cautelar do médico o que o impede de
exercer a profissão por seis meses. O prazo pode ser prorrogado por igual
período. O PCdoB também expulsou o médico do partido.
Ao ser preso, o médico disse, em depoimento à polícia, que
os estupros e as gravações dos atos se tornaram um “vício”, segundo informou a
Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS). Segundo a delegada do
município de Cruz, Joseanna Oliveira, o médico disse, ainda, que a prática
virou fetiche há décadas e era um hobby fazer as gravações utilizando celulares
e câmeras digitais.
Fonte: G1/CE
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