Na última quarta-feira, dia 21, proprietários dos chamados ‘paredões de som’ e adeptos desse tipo de hobby estiveram na Câmara Municipal de Vereadores para solicitar dos parlamentares apoio no sentido de regulamentar a utilização dos equipamentos sonoros no município. Em entrevista ao departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, o comerciante Hilhota Pontes, falou em nome dos reivindicantes. Segundo ele, os adeptos dos ‘paredões’ querem que seja delimitado um local, afastado do perímetro urbano, para que a atividade possa acontecer sem prejuízo ao sossego público. Hilhota argumentou ainda que a atividade não pode associada a qualquer tipo de atividade criminosa, pois não há lei que impeça a utilização dos equipamentos, desde que não haja perturbação da ordem pública ou ao sossego alheio.
O vereador Dimas Cruz, também ouvido pela reportagem, informou que, juntamente com os demais membros do Legislativo, estudará a fundo a legislação vigente no que concerne à utilização de sons automotivos e suas implicações. Dimas se mostrou a favor de que esse tipo de atividade seja regulamentada a fim de que os amantes de som tenham um local específico para lazer sem que, no entanto, causem qualquer tipo de perturbação.
Já o comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar, Tenente-Coronel Ricardo Moura, se mostrou inflexível quanto ao uso dos ‘paredões’. “Enquanto eu for comandante do 11º Batalhão, pode ser em beira de praia, pode ser no sertão bravo em que só tenha o terreno deles fazendo ‘paredão’, nós vamos chegar junto”, afirmou o oficial da Polícia Militar. Moura associou a atividade a crimes como tráfico de drogas, perturbação do sossego e prostituição, mas disse que não se pode generalizar. Disse ainda que tem conhecimento de que alguns proprietários de ‘paredões’ andam armados ilegalmente, mas não citou nomes.
Mardem Lopes