A promotora de Justiça Valeska Catunda Bastos fez uma grave
revelação durante audiência pública ocorrida na tarde desta quarta-feira, dia
22, na Câmara Municipal de Vereadores. Segundo a representante ministerial, o
processo que apura crime de violência sexual contra uma criança de seis anos na
escola Patronato São José, descoberto pela polícia no início de junho deste
ano, teve sua tramitação prejudicada no Fórum da Comarca. Segundo ela, o
processo desapareceu por algum tempo, voltando a reaparecer de forma
misteriosa. A promotora disse que a juíza Juliana Porto Sales está averiguando
o caso. Há a suspeita de que alguém, deliberadamente tenha ocultado o documento
para retardar sua análise pela Justiça. A audiência foi convocada pela Dra.
Valeska Bastos para que Ministério Público e Polícia Civil informassem aos pais
e mães de estudantes do Patronato São José sobre o andamento do inquérito
policial do qual são alvo dois ex-funcionários do colégio, acusados de
violentar um menino dentro do educandário. A polícia Civil ainda investiga se
há outras vítimas de abusos na mesma escola. A promotora afirmou que a delegada
Rogéria Neusa, presente na audiência, está empenhada no trabalho de
investigação. Indagada do porquê de outro acusado de crimes sexuais contra
menores, o ex-secretário de Assistência Social de Itapajé, Raimundo Lima, estar
respondendo o processo em liberdade, a representante do Ministério público
informou que houve flagrante ilegal quando o acusado foi preso, o que
possibilitou à sua defesa conseguir sua liberdade. Dra. Valeska disse ainda que
a defesa dos acusados do crime na escola pediu à Justiça liberdade provisória
dos réus. Ela adiantou que o Ministério Público recomendará a Justiça a
rejeição do pedido. Mais um caso de crime sexual contra uma criança está sendo
investigado em Itapajé, no entanto, delegada e promotora não detalharam se
teria relação com o caso do Patronato.
Mardem Lopes
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