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sábado, 18 de agosto de 2018

ITAPAJÉ PRECISA DE NOVA ADUTORA PARA QUE DESABASTECIMENTO EM PERÍODOS DE ÁGUA EM ABUNDÂNCIA DEIXE DE OCORRER

Em entrevista ao departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, o diretor do SAAE, Pedro Rocha, afirmou que as constantes reclamações de desabastecimento, sobretudo nos bairros mais distantes, ocorrem porque a adutora que leva água do açude Ipuzinho à Estação de Tratamento sofre frequentes rupturas provocadas pela utilização severa do equipamento. Para atender ao aumento da demanda, o SAAE instalou, em 2013, um motor mais potente e pressurizou a adutora, elevando sua capacidade de adução. No entanto, a medida causa risco permanente de rompimento da encanação, uma vez que a adutora foi projetada para levar água à estação de tratamento pela ação da gravidade. Depois da adoção da “solução caseira”, a adução passou de 116 para 160 m3/hora. Quando há o rompimento de tubulação, todo o sistema é esvaziado, voltando a ser recarregado somente após o conserto. Quando isso acontece, a água só volta a chegar às chamadas “pontas de rede” após os demais pontos da cidade já tiverem sido abastecidos. A adutora hoje utilizada é remanescente do sistema de abastecimento do antigo Escorado, que tem quase meio século. Seus canos são de 100 milímetros.
A solução definitiva seria a construção de uma adutora de dimensões ideais para suprir a necessidade do sistema. O município de Itapajé, no entanto, foi preterido pelo Governo do Estado, que jamais mostrou interesse em construir a adutora do açude Ipuzinho. No ano de 2014, mais precisamente no dia 19 de dezembro, foi publicado no Diário Oficial do Estado, extrato do contrato firmado entre a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará – COGERH e a empresa Granito Ltda, cujo objetivo era a construção da adutora da barragem do Sítio Ipú. O valor global do empreendimento era de R$ 2.708.516,11 e os recursos seriam oriundos do erário estadual. O contrato havia sido assinado no dia 17 de novembro daquele ano. O anúncio, entretanto, não passou de um grande engodo e a adutora jamais saiu do papel. O projeto contemplava uma adutora em ferro fundido, com diâmetro de 350 milímetros, extensão de 2.165 metros, com bomba de potência de 40cv, vazão de 125 litros por segundo, e ainda melhorias na Estação de Tratamento através de sua ampliação. O convênio caducou e não há perspectiva de retomada do projeto.
Mardem Lopes

EM ITAPAJÉ TEM DIGITAL - INFORMÁTICA E PAPELARIA

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