Rotas do transporte escolar nas localidades de Soledade e
Espirito Santo, regiões serranas do município estão prejudicadas. Segundo os
estudantes e seus pais, os veículos que realizavam o transporte não estão mais
oferecendo há muito tempo. A comunidade escolar informa que os motoristas
justificam a paralisação do serviço pela falta de pagamento. Uma empresa é
contratada pela Prefeitura de Itapajé para explorar as rotas de transporte
escolar. No distrito de Soledade, muitos estudantes do ensino médio que
necessitam se deslocar até a sede para frequentar as escolas estaduais estão
perdendo aulas por falta de veículo cedido pelo poder público. Alguns ainda
conseguem viajar nos chamados carros de “horário”, mas nem todos podem pagar. A
situação gera ainda perigo aos estudantes, pois sem o transporte escolar os
carros do transporte alternativo transitam superlotados. Na manhã da última
segunda-feira, dia 26, o repórter Maikon Rios flagrou alguns estudantes tendo
que se acomodar sobre a cobertura de um desses veículos para voltarem para casa
em Soledade. A diretora da escola estadual Monsenhor Catão Porfírio Sampaio,
Clauciane Mota, informou que os estudantes têm sido orientados a formar grupos
de estudos nas localidades onde residem para que não percam por completo o
conteúdo programático. Clauciane afirmou que o Governo do Estado repassou para
o município os recursos financeiros referentes ao convênio do transporte
escolar, no entanto o serviço não está sendo oferecido plenamente. A diretora
disse ainda que reuniões foram feitas com os pais dos estudantes que necessitam
dos veículos cedidos pelo município, sobretudo os de Soledade, e ficou acordado
que os alunos que não têm condições financeiras para pagar transporte passariam
a receber as tarefas escolares em casa para minimizar o prejuízo. Aqueles que
ainda conseguem comparecer às aulas são liberados mais cedo, pois têm que se
adequar aos horários de saída dos carros de “horário”. Os pais se comprometeram
em fazer um esforço para que os filhos compareçam às aulas pelo menos nos três
dias de provas finais, 10, 11 e 12 de dezembro. A falta de frequência está
sendo justificada, mas o prejuízo no aprendizado é imensurável. Clauciane
informou que recentemente, na véspera do Enem, as quatro diretoras das escolas
estaduais tiveram uma reunião com o coordenador dos transportes da secretaria
Municipal da Educação para tratar sobre o assunto. Na ocasião, o representante
da Prefeitura informou que na semana seguinte o transporte voltaria a atender
normalmente aos estudantes, coisa que não ocorreu. Na manhã desta terça-feira,
27, o repórter Marçal Sales procurou o responsável pelo transporte escolar da
Secretaria Municipal da Educação, mas não o localizou. O administrador da
página faculta espaço para que a administração municipal se pronuncie sobre o
caso.
Por Mardem Lopes
VEJA VÍDEO FLAGRADO PELA NOSSA REPORTAGEM
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