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sábado, 30 de novembro de 2013

ITAPAJÉ: CIRO BRAGA SOLICITA DA CÂMARA AUTORIZAÇÃO PARA CONTRAIR DÍVIDA MILIONÁRIA

O executivo municipal enviou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 41/2013, em que solicita daquela casa legislativa autorização para contratar empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 2,5 milhões. O empréstimo, segundo consta no texto do PL, seria adquirido através do Projeto de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos – PMAT, linha de crédito disponibilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES.  O objetivo seria utilizar o dinheiro, em tese, na execução de projetos voltados à modernização da administração tributária e à melhoria da qualidade do gasto público. O Banco do Brasil teria como garantia de pagamento a utilização de recursos constitucionais, como o Fundo de Participação dos Municípios, por exemplo, depositados em conta administrada pelo próprio banco. Isso quer dizer que se a gestão municipal não honrar com o pagamento, o banco estaria autorizado a reter recursos destinados ao município. O Projeto de Lei não especifica em quanto tempo esse empréstimo seria pago, tampouco qual impacto traria às contas da municipalidade.

No ano de 2012, o ex-prefeito Padre Marques tentou contratar empréstimo do PMAT para os mesmos fins, o valor, no entanto era bem inferior, cerca de R$ 1,6 milhão. Naquela ocasião o Projeto de Lei sofreu duras críticas dos vereadores de oposição, parte deles hoje na situação. A Câmara Municipal rejeitou a matéria e, dentre muitos argumentos, os vereadores contrários à medida afirmavam que não se admitia que um município já devedor, que consome parte importante de seus parcos recursos no pagamento do parcelamento de dívidas deixadas por gestões anteriores, contraísse novas dívidas.  

 O cenário de hoje é ainda pior do que o de 2012. A queda na arrecadação de recursos tem obrigado o município a demitir servidores, fechar creches e se abster de fazer investimentos necessários às mais diversas áreas da administração pública. Não bastasse a queda nos repasses federais, o parcelamento das dívidas do município continuam a ser pagas mensalmente e perdurarão ainda por anos. Há ainda as incertezas econômicas, que podem desenhar um quadro ainda pior. Ademais é incongruente que uma gestão que repete persistentemente o mantra da falta de recursos, querer contrair uma dívida milionária. O Projeto de Lei chegou à Câmara Municipal de Vereadores sob regime de urgência e foi levado à apreciação do plenário, na sessão da última quarta-feira, dia 27, sem que tivesse se esgotado o debate. A matéria não chegou a ser votada porque o vereador Dimas Cruz solicitou pedido de vistas do PL. A manobra sensata do edil adiou a votação por uma semana. Seria muito salutar que a Câmara Municipal convocasse o secretário de Administração do município, Rocivaldo Sousa para que ele esclareça aos edis e à população como o dinheiro será aplicado e qual a relevância de se contrair uma dívida tão vultosa. Muito embora o prefeito Ciro Braga tenha maioria na Casa Legislativa, parte de sua bancada já se posicionou no ano passado contra projeto semelhante que buscava contratar empréstimo menor.

 PMAT

Podem ser financiados máquinas e equipamentos novos produzidos no País, desde que constantes do Credenciamento de Fabricantes Informatizado - CFI do BNDES, listados a seguir: equipamentos de informática: microcomputadores, estabilizadores, nobreaks, impressoras, roteadores, scanners, hubs, switches, thin clients, projetor multimídia, servidores, notebooks, antenas de radiotransmissão e estações radiobase; equipamentos de apoio à operação e à fiscalização: radiocomunicadores, leitoras de cartão, totens de atendimento e controles de frequência de pessoal; e bens de informática e automação, dentre outros.

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