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terça-feira, 5 de novembro de 2013

POLICIAIS RECÉM-FORMADOS NO CEARÁ COMEÇAM A ATUAR SEM COLETE E ARMA

Os 1.110 policiais militares recém-formados no Ceará que começaram a atuar nas ruas neste fim de semana iniciaram as atividades sem coletes à prova de bala e sem revólveres, como foram flagrados em diversas áreas da GrandeFortaleza.
Nesta segunda-feira (4), o governador do Ceará, Cid Gomes, diz que os policiais começaram as atividades sem equipamento de proteção por causa da demora na aquisição dos itens. “Entre uma autorização do governador de reservar um recurso para aquisição de armamento ou de equipamento de proteção e a efetiva aquisição desses equipamentos demora um certo tempo”, diz o governador.  A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará afirmou que fez na quinta-feira (31 de outubro) a licitação para aquisição de 5.100 coletes. A secretaria, no entanto, não informou quando os coletes serão entregues aos policiais que já atuam na segurança pública.“Você fica entre a cruz e a espada. O que você faz, você está com os policiais prontos, bota eles na rua ou deixa eles em casa esperando que chegue um ou outro equipamento?”, questiona.
Mais de 1.057 policiais militares realizaram a cerimônia de formatura na sexta-feira (1º). O evento ocorreu no Centro de Eventos do Ceará, com a presença do governador Cid Gomes. Essa é a segunda turma do Curso de Formação Profissional da Polícia Militar do Ceará do concurso de 2012. Durante a solenidade, o o governador Cid Gomes afirmou que iria fazer a da terceira turma, que corresponde a 1.100 vagas de novos policiais militares, até o próximo dia 15 de novembro.
Coletes à prova de bala vencidos
Em julho, policiais militares denunciaram que usavam coletes à prova de bala com o prazo de validade vencido. De acordo com o delegado Andrade Jr., da Secretaria da Segurança Pública, de 14 mil coletes apenas 15% estão com a validade vencida.

O uso do colete à prova de balas por policiais é obrigatório e uma exigência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Passado o prazo de validade informado não há mais garantia de que uma bala não perfure o colete.
Para a diretora da Associação dos Profissionais de Segurança Pública, Ana Paula Aragão, a situação é preocupante. "Essa questão tem de ser resolvida da forma mais rápida possível. O policial está nas ruas diariamente arriscando sua vida [...] e o único aparato que ele tem para se proteger é o colete à prova de balas", afirmou.
G1 CEARÁ

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