O Ministério Público do Ceará, por meio da Promotoria de
Pentecoste, com o apoio das Polícias Civil e Militar, deflagrou na manhã desta
sexta-feira (12) a Operação “Préstimos”, para combater casos de agiotagem
comandados por colombianos. Os alvos da Operação estavam envolvidos em um
esquema criminoso na região do Vale do Curu. O cumprimento dos mandados de
busca e apreensão aconteceu nos municípios de São Gonçalo do Amarante,
Pentecoste, Umirim e Paraipaba, oportunidade em que foram apreendidos
celulares, computadores, cartões, cadernos de cobrança, dinheiro e veículos (7
motos e 2 carros). Após o pedido cautelar do promotor de Justiça, Dr. Jairo
Pereira Pequeno Neto, titular da Promotoria de Pentecoste, o juiz de Direito,
Dr. Caio Lima Barroso, concedeu a expedição de nove mandados de prisão
temporária e dez de busca e apreensão. Ao todo, 11 suspeitos foram presos,
sendo dois em flagrante. Os alvos dos mandados, os colombianos Natália Orosco,
Davi Orosco e Cristian Davi, e outros integrantes do grupo de nacionalidade
brasileira, fazem parte de uma célula de organização criminosa, com atuação em
todo estado do Ceará dedicada à prática de empréstimos de dinheiro a juros
extorsivos (agiotagem), conhecida na Colômbia como cobro ou cobrito. O bando
possuía, inclusive, um aplicativo de celular para controle dos clientes, dos
valores emprestados e cálculo dos juros. As investigações apontaram que a
prática era realizada por meio da distribuição de cartões de visitas que eram
entregues por integrantes da organização a empresários e comerciantes da
região. As tarefas do grupo criminoso eram bem divididas, contando com a
presença de cobradores, fiscais e gerentes. Segundo o promotor Jairo Pereira
Pequeno Neto, a cobrança de juros era diária sobre os valores emprestados, com
cobranças ostensivas e ameaçadoras. De acordo com as investigações, a
associação criminosa chegou a movimentar cerca de R$ 2.000.000,00 nos últimos
meses. Os recursos captados a partir de empréstimos extorsivos destinavam-se a
um fundo cuidadosamente organizado e administrado pela grupo criminoso por meio
dos aplicativos eletrônicos, sendo, posteriormente, reinvestidos na expansão
das atividades ilícitas mediante a estruturação de novos esquemas de
empréstimos em outras cidades. Informação: Portal Itapipoca de Notícias
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